Histórico de oscilação nos preços dos produtos indicam alta no futuro
O preço do metro quadrado no mês de junho no Recife teve uma leve queda de 0,04% em relação a maio e um aumento de 3,29% nos últimos 12 meses. Os dados são do Índice FipeZap, mesma pesquisa que em junho de 2012 mostrava uma valorização de 0,8% em relação ao mês anterior e de 28,8% na variação anual. “O mercado imobiliário sempre foi oscilante. Ele se valoriza, os preços têm um pico e depois caem. E isso acontece de forma cíclica”, resume o presidente da VR Consultoria Imobiliária Marcos Ventura. Assim, a perspectiva é que no ano que vem os preços já estejam novamente em movimento de subida.
Segundo o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE), André Callou, a situação atual não é de queda, mas de estagnação de preços. “Os valores vêm ficando estáveis desde 2013, enquanto os custos aumentam. Este ano tivemos aumento significativo com energia e combustível, mas, diante da situação do mercado, não é possível repassar. As construtoras estão assumindo esses valores”, detalha.
O peso desses custos são expressados através do Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), que em junho deste ano teve alta de 1,84%. No mesmo mês de 2012 – ano de grande valorização do metro quadrado no Recife –, esse número era de apenas 0,73%.
“As margens (de lucro) não estão elevadas. Um dos maiores insumos do produto é a mão de obra, que representa aproximadamente 50% do custo e não sofre redução”, explica o dirigente regional da Moura Dubeux, Homero Moutinho. Segundo ele, a expectativa da empresa é que as vendas melhorem neste segundo semestre, que historicamente costuma ser mais aquecido.
Para isso, o setor aposta menos na melhora efetiva na economia e mais no fato de que para grande parte dos compradores os imóveis são bens necessários, cuja compra pode ser adiada em um primeiro momento, mas não descartada. Considerando o movimento de volta da procura e o momento de vendas menos aquecidas, espera-se que o próximo movimento do mercado seja de alta.
“(Com o aumento dos custos e a manutenção dos preços)… a tendência hoje seria de aumento imediato. O que está segurando é o mercado mais parado. Mas a tendência é de alta, se não amanhã, mais para frente”, avalia o presidente da Ademi-PE.
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