A venda de imóveis está em alta, mas atividade exige planejamento para o profissional se dar bem
Há quatro anos, Edmar Pereira da Silva, de 30 anos, decidiu dar um novo rumo para sua vida. Depois de trabalhar com vendas em um shopping por um longo período, ele começou uma nova carreira profissional.
A perspectiva de ganhar muito dinheiro em uma só venda é o que mais atrai os candidatos a corretor, apesar da pressão de conquistar novos compradores e do risco de enfrentar períodos de “vacas magras”. Ultimamente, as perspectivas têm sido animadoras: o mercado imobiliário cresceu significativamente em São Paulo e, por isso, tem demandado cada vez mais corretores de imóveis.
déficit /Atualmente, há cerca de 141 mil corretores credenciados em São Paulo. Seria necessário que esse número dobrasse ou triplicasse para dar conta da demanda, segundo o Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis).
A média salarial mensal gira em torno de R$ 7 mil, mas há casos de pessoas que conseguem tirar mais de mil salários mínimos em uma só venda.
Edmar conta que ficou inseguro no início. “Era muito complicado entender que não teria salário, carteira registrada, que teria de arcar com despesas de alimentação e transporte”, diz.
Profissão exige curso preparatório e muita disciplina
Ter um curso superior não é mandatório para exercer a profissão de corretor de imóveis. É possível começar na profissão fazendo um curso técnico. “Para se credenciar e estar habilitado a trabalhar na área, é necessário ter curso técnico em transações imobiliárias, que tem duração mínima entre dez e 12 meses, ou faculdade de ciências imobiliárias, com duração de quatro anos. Também é possível cursar gestão Imobiliária, com duração de dois anos”, esclarece Viana Neto, do Creci-SP.
Além do custo para se habilitar para a profissão, o corretor pode demorar até seis meses para fazer a primeira venda e depois deve saber lidar com os altos e baixos da profissão e dos ganhos. Por isso, segundo o corretor Edmar, para uma pessoa se manter no ramo é necessário ter planejamento financeiro, perseverança e determinação, além do acompanhamento constante por parte da gerência e da empresa. “Não ter foco ou acompanhamento faz com que você perca a motivação e acabe não vendendo”, conta o profissional. Portanto, é preciso ser disciplinado.
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