Quesitos como localização, vagas e acabamento agregam valor, mas é preciso cautela ao estipular preços
Metragem, localização, acabamento, conservação, número de vagas, extensão da área de lazer e outras características influenciam diretamente no valor do imóvel. A maioria das pessoas não tem conhecimento, mas é necessário ficar atento a uma série de fatores, como esses, para avaliar um empreendimento, seja ele residencial ou comercial.
De acordo com especialistas, esses quesitos influenciam tanto que em um mesmo edifício é possível encontrar apartamentos de preços variados.
“Geralmente os apartamentos localizados nos andares mais altos são mais caros e se forem voltados para o sol da manhã, também agregam valor”, explica Adriana Magalhães, diretora da Céu-Lar Netimóveis.
Segundo Adriana, existem cinco métodos utilizados para avaliar os imóveis, tanto pela norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) quanto pelo Conselho Federal de Corretor de Imóveis (Cofeci). São eles: comparativo direto de dados de mercado, involutivo, evolutivo, do custo e da renda. “No momento da avaliação, é preciso conhecer bem o imóvel, tanto em relação aos aspectos físicos quanto aos documentais da unidade e dos donos; e sobre a legislação, como leis urbanísticas, restrições de uso, limitações do direito de propriedade”, ressalta.
Qualificação. Conforme informações da diretora, em diversos casos a avaliação se dá pelo método comparativo direto, ou seja, partindo de informações do próprio mercado. No entanto, avaliar um imóvel de forma correta e justa não é uma tarefa fácil. “Por isso, é importante contratar um profissional apto a realizar tal atividade. Ele utilizará informações e métodos baseados em estudos mercadológicos para que o cálculo esteja correto”, afirma.
Por falar em profissional apto, os corretores de imóveis agora podem determinar o valor de mercado de um imóvel, atribuição que antes era exclusiva dos engenheiros e arquitetos. A legitimidade foi atribuída pelo Cofeci.
“É importante ressaltar que não adianta apenas ser um corretor de imóveis. O profissional precisa estar habilitado no Conselho Regional de Corretores de Imóveis”, pontua Frederico Silveira, gerente de vendas da SMEL – Sociedade Mineira de Empreendimentos Ltda.
Segundo os especialistas, as pessoas têm que ficar atentas e devem estar por dentro da realidade de mercado para não terem prejuízos na hora de negociar um imóvel.
Valorização. De acordo com Frederico Silveira, o primeiro item a ser observado na avaliação de um imóvel é a localização. Não apenas o bairro onde fica o imóvel, mas os serviços que oferece, tais como padarias, escolas, supermercados, a altura que se encontra no edifício etc.
“Tanto a pessoa que vai adquirir quanto a que vai vender o bem tem que levar em consideração o fator localização. A que vai adquirir tem que ter atenção, verificar o nível de necessidades diárias que possui e analisar o que o mercado na vizinhança oferece” destaca Silveira.
Além desse fator, o acabamento e o estado de conservação do imóvel também agregam valor. Segundo Adriana Magalhães, a idade do imóvel é importante, assim como o acabamento da fachada de um prédio. “Imóveis mais conservados causam primeira impressão melhor que os que apresentam a pintura gasta ou algum tipo de vazamento”, coloca ela.
Complementos como garagens, área de lazer e outros itens, como segurança, são outros quesitos que fazem a diferença no fechamento do preço. “Um imóvel pode valer até 10% a mais se tiver uma segunda vaga de garagem. E mais 20% se possuir uma área de lazer completa ou quando comparado com outro imóvel na mesma rua, com as mesmas características, mas que não possui área de lazer”, completa Adriana.
“Caso o interessado em comprar um imóvel ache que o valor está muito acima do mercado, é recomendável a contratação profissional. Muitas vezes, os valores correspondem a necessidade financeira do vendedor, seja ela alta ou baixa”, finaliza Silveira.
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