Maior oferta e preços em fase de ajustes. Diante desse quadro, essa é a hora para o investidor que adquire imóvel visando renda com locação garimpar as boas oportunidades. Quem afirma é o consultor em investimentos imobiliários Ricardo Reis, após avaliar pesquisas recentes do mercado imobiliário em Curitiba. “O primeiro momento da demanda reprimida foi atendido. Estamos em outra fase. Com manutenção dos índices de emprego, juros baixos e crédito no mercado, os compradores continuam buscando imóveis, porém estão mais exigentes, escolhendo melhor o produto”.
Com a previsão de entrega de muitas unidades novas – resultado dos lançamentos realizados nos últimos anos – e, consequentemente, a entrada de mais imóveis para aluguel, os negócios podem demorar mais para se concretizar. “Trata-se de uma correção cíclica previsível. O mercado continua aquecido”, aponta o consultor.
A mais recente pesquisa, que diz respeito à locação e venda de imóveis usados, confirma esse movimento. De acordo com o levantamento do sindicato da habitação, o Secovi-PR, com resultados do mês de fevereiro em Curitiba, os imóveis residenciais que apresentaram a maior velocidade de locação foram as residências de alvenaria com um dormitório, com 30 dias; as com três dormitórios, com média de 81 dias; e as casas com quatro dormitórios, com 85 dias. Trata-se do tempo decorrido entre a angariação e o aluguel. Para o mercado, o “sinal vermelho” acende quando o imóvel leva mais de 3 meses para ser alugado – a unidade precisa de ajuste de preço ou está em más condições.
Imóveis comerciais tiveram, em média, velocidade de locação de 109 dias, apresentando diferença de dez dias a menos em relação a janeiro de 2013 , quando o tempo chegou a 119 dias. O imóvel que teve a maior velocidade de locação em fevereiro foi o tipo barracão, com 71 dias.
Kitinetes, apartamentos com dois dormitórios e residências de alvenaria com um dormitório foram os tipos de imóvel residencial que apresentaram, em fevereiro, o maior índice de locação sobre oferta – proporção entre o número de unidades anunciadas e quantas foram alugadas. Os índices foram de 21,1%, 20,4% e 20%, respectivamente. Já a média geral de locação sobre oferta foi 17,6%, cravando sete pontos percentuais acima de janeiro, que ficou em 10,46%. De acordo com Ricardo Reis, a sazonalidade explica esse resultado. “Início de ano é época de mudanças para quem vem estudar ou trabalhar”, observa.
Ele cita o exemplo de um executivo de São Paulo que há três meses morava em um hotel no centro da cidade. “No começo do ano ele decidiu se instalar definitivamente em Curitiba e em fevereiro alugou apartamento”.
Post originalmente publicado em Gazeta do Povo.
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