O estoque de imóveis novos na capital paulista não deverá ter força para derrubar os preços, afirmam especialistas ouvidos pela Folha.
A percepção é que os valores vão subir no ritmo da inflação em 2013, sustentados pela demanda ainda existente –embora em desaceleração– e pela redução do número de lançamentos neste ano, o que evita uma inundação no mercado.
Lançamento residencial é o menor em 8 anos em São Paulo
A estimativa atual do Secovi-SP, sindicato que representa as construtoras, é que a capital feche o ano com cerca de 30 mil unidades lançadas, 21% menos que em 2011.
Para as demais cidades da região metropolitana de São Paulo, a projeção é similar: queda de 25% no ano, para 22 mil unidades lançadas.
Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da construção da FGV (Fundação Getulio Vargas), diz que o cenário de pleno emprego e aumento da renda no país favorece a compra de imóveis.
“Além disso, esperamos uma conjuntura econômica melhor no ano que vem, com o PIB [Produto Interno Bruto] crescendo mais que em 2012, o que encoraja projetos de prazo mais longo, como a aquisição da moradia.”
A atual projeção de mercado é que a economia cresça entre 3,5% e 4% em 2013.
Alexandra Almawi, economista da Lerosa Investimentos, afirma, no entanto, que, caso o PIB surpreenda negativamente, como ocorreu neste ano, o mercado imobiliário deverá ser afetado.
“Um crescimento econômico próximo a 4% deve ser suficiente para sustentar o setor, diante dos ajustes de projetos já promovidos pelas construtoras para uma demanda menor”, afirma.
“Já se a expansão for mais fraca, provavelmente as metas das empresas não serão alcançadas.”
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