E é incrível perceber que, mesmo com o passar do tempo, algumas situações ainda são tão comuns. Por isso resolvi escrever este post de hoje. Não para dar dicas, mas compartilhar com vocês algumas constatações e provocá-los, assim como me senti provocado a ter novas reflexões.
Outro dia, ao visitar o salão de vendas de uma determinada construtora, ouvi de um corretor a seguinte queixa: “Poxa, Guilherme, não entendo. Estou com o contrato rodado há três dias e o cliente não me atende mais, não responde aos meus e-mails. Sei que fiz tudo certo, tanto que o contrato foi rodado. Sabe, isto é tão frustrante”.
Alguma semelhança na inquietude deste corretor com o seu dia a dia de trabalho? Se a sua resposta for positiva, só tenho uma coisa a dizer: eis o fascinante e desafiador mundo dos corretores de imóveis. Bem-vindo a ele!
Certa vez, também estava com o contrato rodado e depois de repetidas ligações sem sucesso e e-mails sem respostas, tomei coragem e resolvi ir até a casa do cliente. Chegando lá, felizmente, ele prontamente me atendeu.
Confesso que meu sentimento era de indignação e até mesmo de raiva, contudo, fiz uma abordagem educada, perguntei o que havia ocorrido, bem como o motivo para ausência de retornos, não deixando que o meu sentimento sobressaísse neste contato.
O cliente, por sua vez, meio que sem jeito, me explicou que havia passado por alguns problemas depois do nosso último encontro e por isso não havia voltado para assinar o contrato.
E mesmo pensando:“Poxa, custava responder a uma ligação?!” Escutei atentamente o
cliente e, olhando em seus olhos, me despedi dizendo que aquela era uma situação que poderia acontecer com qualquer um. Disse, ainda, que estaria à disposição para atendê-lo e ajudá-lo no que estivesse ao meu alcance.
A venda não foi realizada naquele momento, mas ao menos a minha atitude de esclarecer preservou a relação com o cliente.
“Simples viu ??”
(…)
“Nunca!!!!!!”
Sei que tomar uma atitude como essa não é simples. Confesso que esta situação me rendeu a queda de alguns fios de cabelo, entretanto sempre podemos aprender algo novo com as vivências do nosso dia a dia. Não realizei a venda, mas acredito que deixei as portas abertas para um futuro negócio.
Ao contar um pouco destes dois casos quero evidenciar fatos a que estamos sujeitos todos os dias. Clientes como o do corretor que veio desabafar comigo e como o do meu relato estão espalhados pelo mercado. Em muitos casos eles são capazes de nos desanimar e provocar a desistência de muitos corretores.
Contudo, a reflexão que quero estimular neste post deve nos impulsionar a persistir. Certas situações fogem de nosso controle, porém não podem servir de justificativas para a não venda. Sendo assim, não podemos jamais deixar de fazer uma análise dos fatos do nosso dia a dia para sempre avançarmos.
Acredite, nossos maiores aprendizados não estão em livros ou na internet e sim, em nossas experiências, pois são elas que nos tornam melhores a cada dia, transformando cada momento em uma nova oportunidade.
Então, é hora de voltarmos para o salão de vendas com sorriso no rosto, foco no cliente e com a certeza de que para termos sucesso é necessário dar o nosso melhor sempre.
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