MERCADO DE LUXO: DESAFIO TENTADOR PARA O SEGMENTO IMOBILIÁRIO

Mundo globalizado, economia local estável e crescimento do consumo. Nosso país, antes conhecido por alguns ícones folclóricos como Copacabana, carnaval, Ronaldo e Escrava Isaura, já deu sinais sim de mudanças e adquire aos poucos o status de paraíso para grandes marcas que disputam espaços para aqui se estabelecerem.

O público do segmento luxo já conta com serviços e produtos diferenciados e especializados por empresas que oferecem exclusividade, extrema qualidade, excelência no atendimento e expectativa na aquisição do objeto do desejo. A marca funciona mesmo como um código, um importante passaporte para um “clube” seleto.

Não há praticamente um consenso, mas calcula-se que as empresas que se especializam no setor se voltam para famílias cuja renda mensal é de R$40 mil.

A movimentação social foi a grande responsável pela democratização de muitas marcas, tornando mais acessível para um novo público. Por isso mesmo notamos empresas que antes eram somente voltadas para a classe A e que desenvolvem novas linhas de produtos ou mesmo novas marcas que funcionam como uma porta de entrada do novo consumidor para esse “novo mundo”.

Justamente em virtude disso, diferentes objetos do desejo são lançados para abocanhar o público de alta renda, que procura ainda mais exclusividade.

No setor imobiliário as novidades não cessam: piso aquecido, iluminação exclusiva e intimista, persianas automáticas e muito mais. De garagem box para carros de luxo a controle e som, iluminação e aquecimento tudo pelo celular.

A tecnologia é o grande símbolo de desejo para quem busca luxo: pisos de banheiro aquecidos ao toque de um botão, isolmento acústico para garantir mais privacidade e sistema de resfriamento automático de espelhos são alguns mimos que o consumidor high tech encontra para seu conforto.

A sustentabilidade está presente na medição individual de gás e água, infraestrutura para coleta seletiva de lixo e reutilização de água da chuva para irrigação dos jardins. E o que também não fica de fora é a preocupação com segurança: Desde serviços disponíveis em todos os apartamentos, como elevadores com controle biométrico (acionado com as digitais do morador) e porta da frente blindada, até o chamado Quarto do Pânico, cômodo que conta, inclusive, com sistema telefônico à parte para situações de emergência, possível de ser construído a pedido do habitante e pago separadamente.

A parcela da população que ocupa o topo da pirâmide social tem bem definidos os padrões de qualidade que quer e não abre mão dos detalhes nem de espaço que varia de 180 a 350 metros quadrados, diferentes da classe B que se enquadra entre 80 a 110 metros quadrados.

Mesmo com essa valorização crescente, os preços brasileiros são mais tentadores dos praticados em outros países. O metro quadrado em Mônaco está em torno de 80 mil euros, enquanto no Rio fica por volta de R$10 mil.

Assim, as imobiliárias que se especializam nessa fatia de luxo podem estourar as mais caras marcas de espumante, que as oportunidades estão aí. Além disso, o público que exige requinte, sofisticação e exclusividade paga o preço para ser atendido e surpreendido pela imobiliária focada nesse nicho.