SÃO PAULO - O economista-chefe do Secovi-SP
(Sindicato da Habitação de São Paulo), Celso Petrucci, acredita que a
proximidade do fim do ano é um bom momento para avaliar o futuro do financiamento
imobiliário.
Segundo ele, estimativas apontam que o ano de 2011 se encerrará com um volume
próximo a 1,3 milhão de operações de financiamentos, dos quais 760 mil serão
com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e 540 mil oriundos
dos recursos da caderneta de poupança.
Para 2013, informa o economista, a Abecip (Associação Brasileira das
Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) estima que os recursos da
poupança não suportarão uma expansão do crédito imobiliário em níveis de 30%
a 40% ao ano, pois seus depósitos têm crescido de 15% a 20% ao ano.
Diante deste cenário e considerando outros pontos, argumenta, deve-se pensar
se tanto os agentes financeiros, como os recursos serão suficientes para
garantir o crédito imobiliário ou se será atingido o limite possível de
operações.
Possibilidades
Para contornar possíveis problemas, Petrucci
aponta para a possibilidade de se adotar uma taxa variável nos financiamentos
imobiliários, como acontece em outros países, o que, para ele, fará com que
seja possível, em um futuro próximo, conviver com financiamentos do FGTS
(Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) a taxas de juros entre 4,5% e 8,16%;
com recursos da poupança com taxas médias entre 9,5% e 10,5% ao ano; e com o
uso de recursos oriundos de outras fontes, repassados aos índices do IPCA ou
IGP-M + x% ao ano, por exemplo.
"Nesse último caso, inclusive, o governo
federal poderia estudar a redução do pagamento dos juros anuais do
financiamento na base de cálculos do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa
Física), como forma de incentivo ao comprador".
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