A campanha a favor da natureza e de medidas mais sustentáveis já faz parte dos conceitos de incorporadoras e construtoras de empreendimentos imobiliários, que passaram a se reorganizar para adotar medidas que tornem seus projetos mais ‘verdes’.
Uma construção sustentável - segundo o vice-presidente de sustentabilidade do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) Ciro Scopel - é basicamente formada por um tripé: meio ambiente + realidade econômica + responsabilidade social.
"Um não vive sem o outro nesta linha. O empreendimento deve ter a arquitetura visando a sustentabilidade desde o momento do loteamento até as condições de uso dos condôminos. Por exemplo, não adianta incentivar a coleta seletiva em um condomínio que não tem estrutura e local apropriado para que os moradores coloquem o lixo reciclável", explicou.
Atualmente, o morador que se atenta a estes fatores deve analisar, por exemp lo, se no projeto do novo apartamento consta a instalação de hidrômetros individuais e espaço para armazenar a coleta seletiva de lixo.
Contudo, para a execução de empreendimentos sustentáveis que incluam moradores das diferentes classes sociais, as construtoras ainda enfrentam certas barreiras. "Algumas soluções ambientais estão diretamente atreladas ao uso de determinadas tecnologias, que ainda têm o custo elevado. Também existem barreiras do ponto de vista das exigências legais e normas técnicas que dificultam a implantação desse tipo de construção", afirmou Francisco Vasconcellos, vice-presidente do Meio Ambiente do SindusCon-SP (Sindicato da Construção Civil).
No entanto, para Vasconcellos, para os moradores de um imóvel sustentável, além da qualidade de vida, traz vantagens como a manutenção mais barata e a valorização do imóvel no mercado. Do ponto de vista das construtoras, implantações sustentáveis realmente não apresentam vantagens econômicas para o empreende dor, mas compensam para o usuário.
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