CONSÓRCIO DE CASA PRÓPRIA GANHA FORÇA

Em um ano, esse modelo de aquisição de imóvel cresceu 18%. Conheça as virtudes e os riscos dele
Rodrigo Gallo | Fonte: Jornal da Tarde

O número de cotistas contemplados por consórcios imobiliários no Brasil subiu de 43,3 mil para 50,9 mil entre 2006 e 2007, ou seja, um crescimento de pouco mais de
17,5%. O motivo é o aquecimento do mercado de imóveis no País, que tem ampliado praticamente todos os tipos de financiamento à disposição dos clientes.

De acordo com o presidente regional da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), Luiz Fernando Savian, o setor espera que o volum e de contemplações
continue crescendo neste ano e tenha um incremento de 20%. Com isso, chegaria perto de 61 mil cotistas contemplados com as cartas de crédito.

Uma das vantagens do consórcio é que esta opção de crédito permite ao comprador financiar até 100% do valor do imóvel. Contudo, há uma particularidade: o consumidor não pega as chaves ao adquirir a cota, pois primeiramente é necessário
ser contemplado por um sorteio ou fazer o lance mais alto do
mês (como ocorre em um leilão) para ter acesso à carta de crédito. Somente depois disso é possível adquirir a casa própria.

A reportagem fez simulações de financiamento tradicionais em cinco bancos e calculou o valor das prestações mensais dos consórcios, ambos para a aquisição de imóveis de R$100 mil. Em todos os casos analisados, os cotistas pagariam parcelas mais baratas do que os mutuários dos sistemas de financiamentos convencionais.

Porém, há uma desvantagem. Um dos problemas de se contratar cotas de consórcios é que elas funcionam em grupos
fechados, onde cada membro deposita sua mensalidade, como numa cooperativa: é daí que sai o dinheiro para as cartas de crédito. Caso um dos integrantes deixe de pagar, os outros membros são obrigados a ratear a dívida, aumentando a parcela dos que continuam pagando. Para minimizar os efeitos do não-pagamento, as empresas oferecem a opção do consumidor contratar um seguro.

De acordo com o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci), José Augusto Viana Neto, o consórcio é uma boa opção para os
consumidores que têm condições de pagar aluguel e as prestações ao mesmo tempo. “A principal vantagem em relação ao crédito imobiliário é que não há cobrança de taxas
de juros, o que barateia a operação”, disse.

Obtenção do dinheiro

Há duas formas de conseguir o dinheiro da casa própria em um sistema de consórcios. O primeiro deles é ser contemplado nos sorteios mensais, baseados nos números da loteria federal. Assim, é possível receber mais rapidamente o dinheiro para comprar o imóvel – mas a pessoa continua pagando as prestações normalmente.

Alguns bancos fazem mais de um sorteio mensal, beneficiando assim mais de um cotista por mês.

A segunda opção para antecipar o recebimento do dinheiro é juntar uma quantidade relativamente alta de recursos e fazer um lance: quem oferecer o valor mais alto no mês ganha o direito à carta de crédito mais cedo. Recomenda-se que para ser bem sucedido no ‘leilão’ é necessário oferecer ao banco o equivalente a 30% do valor do bem. “Ao ser contemplado, a pessoa recebe uma carta de crédito para pagar o imóvel à vista. Com isso, o cotista ainda consegue um bom desconto
com o vendedor”, contou Savian.

Foi o que fez o gerente comercial Fauzi Mazloum, 35 anos. Emfevereiro, ele adquiriu duas cotas de consórcio e já conseguiu ser contemplado em ambas. “Contratei os consórcios como forma de investimento, mas surgiu a oportunidade de fazer um bom negócio e resolvi fazer lances para ser contemplado”, disse ele, que juntou o valor das duas cartas de crédito para somar o valor do imóvel desejado.
“Agora, vou contratar mais um consórcio, para investir o dinheiro.
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